Servidora foi agredida por extremistas que tentaram impedir palestra.
O protesto não conseguiu interromper o andamento da palestra, entretanto, resultou em uma servidora da universidade ferida e um estudante detido.
Os estudantes reuniram-se nas proximidades do local onde estava ocorrendo a palestra, na última quinta-feira (10), empunhando cartazes, megafones e bandeiras da Palestina. Em meio a gritos, numerosos militantes pró-Palestina acusaram Lajst de estar envolvido em “apologia ao genocídio do povo palestino”.
Agentes da Polícia Federal do Comando de Operações Táticas foram convocados para conter a agitação. O palestrante precisou de escolta para ingressar e sair do recinto.
Através das plataformas de mídia social, André Lajst expressou que sua presença na universidade foi resistida simplesmente em virtude de sua identidade como judeu israelense, independentemente do tema abordado na palestra.
“Se isso não é antissemitismo, judeofobia, ódio aos judeus, eu não sei mais o que é”, afirmou Lajst em um vídeo compartilhado pelo Twitter.
A servidora da Ufam foi ferida após tentar dialogar com os estudantes. A filha da servidora também foi alvo de agressões por parte dos manifestantes.
Vídeos divulgados nas redes sociais ilustram o momento em que a servidora reage ao grupo, após sua filha relatar ter sido agredida por um dos manifestantes. A servidora revida empurrando os agressores, mas é cercada e derrubada pelos estudantes.
De acordo com informações da imprensa local, a servidora da Ufam teve seu nariz quebrado.
Após o incidente, a servidora registrou um boletim de ocorrência contra os agressores.
Enquanto as manifestações prosseguiam, o presidente da União da Juventude Socialista (UJS) do Amazonas, estudante de história Christopher Rocha, foi detido pela Polícia Federal (PF) por desacato. Vídeos nas redes sociais mostram Christopher gritando com os policiais e recusando-se a obedecer às ordens dos agentes.
Conforme relatado pelo reitor da Ufam, Siylvio Pulga, o estudante foi solto após prestar esclarecimentos na sede da Superintendência da PF.
Na Superintendência, o reitor gravou um vídeo ao lado do estudante. Christopher criticou a atuação da PF e alegou que o grupo “não estava cometendo nenhuma infração”. Mesmo após ter tentado obstruir a realização de um evento em uma instituição pública de ensino, o estudante também afirmou que “continua engajado na luta pela preservação da democracia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário