“Deus... concede graça aos humildes.” (1Pedro 5.5)
Existem reis e governantes que oprimem seus povos. Existem pais de família que se aproveitam barbaramente de sua posição de poder; o número de mulheres e crianças maltratadas continua assustadoramente elevado. São incontáveis as pessoas que estão na busca de dinheiro, poder e honra sem levar os outros em consideração. São motivados por ambição, busca de fama ou por sua autoconfiança abalada. Sim, até os bebês querem mostrar importância e chamam atenção com seus gritos.
O motivo é a busca básica da pessoa por autoafirmação, por emancipação. Resultado: as pessoas querem ter uma boa aparência. Querem dominar os outros. Querem assumir o lugar de Deus. Essa tendência existe desde que foram criadas. Iniciou-se já no Paraíso: Adão e Eva queriam ser como Deus. Eles foram subjugados pelo poder de sedução da serpente. Ser como Deus significa querer ser do tamanho de Deus; querer ser o maior de todos. Assim, a pessoa se afasta de Deus e procura se endeusar. Ela se torna seu próprio ídolo.
Quem, porém, consegue receber da graça de Deus? O humilde ou o orgulhoso? O pequeno ou o grande? Imagine um riacho: a água corre morro abaixo ou morro acima? Logicamente para baixo! O mesmo acontece com a graça. Como seria possível para a graça fluir sobre alguém que se coloca acima ou ao lado de Deus? A graça, o perdão dos pecados, a condição de ser aceito por Deus só nos alcança se reconhecermos: Senhor, nós somos pequenos e tu és grandioso. Por favor, conceda-nos graça sobre graça da tua plenitude!
Das profundezas clamo a ti.
Ó Deus, ouça o meu clamor!
Minha culpa está diante de ti.
Quem pode subsistir perante o Senhor?Eu não o consigo. Eu fracassei.
Diante do Senhor vou me ocultar.
Só meus interesses procurei
sem com tua mão me importar.Agora eu aguardo o teu perdão
pois para isso tu tens o poder.
Aguardo como o guarda, em sua função,
anseia pelo rápido novo amanhecer.Eu sei, tu as trevas não temes,
passaste por morte e profundezas.
Eu sei, tu envias tua luz e vives
para a minha profundeza, ó Deus.