Governo brasileiro manteve decisão de entrada de navios, apesar das críticas.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os navios iranianos têm permissão para abastecer e realizar reparos em portos brasileiros, desde que respeitem as leis e regulamentos locais. No entanto, a notícia foi recebida com preocupação por parte do governo israelense.
O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, expressou sua preocupação com a decisão, afirmando que a entrada dos navios iranianos no Brasil poderia ajudar o Irã a contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Em entrevista à imprensa, Shelley afirmou: “Infelizmente, o Brasil é um país que tem um bom relacionamento com o Irã, e isso pode ser explorado pelo Irã para evitar as sanções internacionais que foram impostas em relação à exportação de petróleo, por exemplo”.
Israel tem sido um dos principais críticos do programa nuclear iraniano e teme que o país persa possa desenvolver armas nucleares. Por essa razão, o governo israelense tem pressionado a comunidade internacional a impor sanções mais severas ao Irã.
No entanto, o Brasil tem buscado fortalecer suas relações com o Irã nos últimos anos. Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro visitou o país persa e se encontrou com o presidente Hassan Rouhani. Na ocasião, os dois líderes discutiram a possibilidade de ampliar a cooperação econômica entre os dois países.
A decisão também pode afetar as relações do Brasil com países árabes, que têm uma posição mais crítica em relação ao Irã.
No entanto, apesar das críticas, o governo brasileiro tem mantido sua posição de permitir a entrada de navios iranianos em seus portos.
“O governo brasileiro adota uma política externa baseada na cooperação e no diálogo, buscando ampliar e fortalecer as relações com todos os países do mundo, inclusive com o Irã. A autorização para a entrada de navios iranianos em portos brasileiros está em conformidade com as leis e regulamentos nacionais e internacionais, e não implica apoio a qualquer atividade que possa violar sanções internacionais”, disse em nota o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
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