Conquanto uma certa quantidade de independência seja boa e necessária, não será difícil ver que Deus jamais pretendeu que homens e mulheres fossem independentes uns dos outros. O próprio fato que ele nos fez "homem e mulher" (Gênesis 1:27), e instituiu suas leis para a reprodução humana do modo como o fez, nos deverá dar um indício. Para se tirar toda a dúvida, Deus revelou através do apóstolo Paulo que"... nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus" (1 Coríntios 11:11-12).
Ainda que Deus tenha criado ambos, homem e mulher, no mesmo dia, o homem foi "formado" primeiro (1 Timóteo 2:13). Não levou muito tempo para que Deus determinasse que "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gênesis 2:18). O registro diz que Deus trouxe todos os animais diante de Adão com o propósito de nomeá-los, "... para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea" (Gênesis 2:20). Então Deus fez com que Adão pegasse no sono. Este deve ter sido o ato mais fácil de Deus, pois certamente a esta hora do dia, sem nem uma mulher em quem pensar, Adão deveria estar bem entediado. Quando Deus terminou, Adão acordou para ver o toque final em sua "muito boa" criação.
Não é por acidente, sem dúvida, que tanto Moisés (quando ele escreveu o livro de Gênesis) como Jesus tirem a mesma conclusão deste evento. Deus fez a mulher porque o homem necessitava de uma companheira adequada na vida, e "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24, como citado em Mateus 19:5).
Jesus estava respondendo uma questão sobre divórcio quando usou esta prova. Sua resposta à questão foi, "De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:6). De acordo com Jesus, assim como Deus uniu Adão e Eva, ele une um homem e uma mulher hoje. Eles não são mais dois porque ele os fez um. Portanto, um homem divorciar-se de sua esposa é tanto uma violação da soberania de Deus como se Adão tivesse rejeitado Eva. A única exceção que Jesus ofereceu a esta regra era no caso em que a separação fosse provocada pelo pecado da fornicação (Mateus 19:9).
Ainda que Adão fosse um macho, sobre quem Deus disse que a solidão "não era boa", isso também é verdadeiro quanto às mulheres. De fato, é uma nota de rodapé interessante que a palavra "homem" naquele versículo (Gênesis 2:18) seja traduzida da palavra hebraica "adam", que é definida como "ser humano". Assim, tivesse Deus decidido fazer a mulher primeiro, ainda haveria a necessidade de um parceiro adequado para ela. Neste estudo estamos focalizando naquela necessidade humana do ponto de vista masculino. A conclusão a que nosso Criador chegou é que um homem precisa de uma mulher.
Esta verdade é universal em um sentido, pois nenhum homem pode nascer neste mundo sem uma mulher, e mesmo depois do processo do nascimento ele precisa de sua mãe para satisfazer tanto suas necessidades físicas como emocionais. Mais tarde na vida, quando suas necessidades mudam, é provável que ele busque outra mulher para ajudá-lo a levar uma vida plena. Observe que eu digo que é "provável" (a regra) que ele buscará uma companheira na vida. Há algumas exceções a esta regra.
Ainda que a vasta maioria se case, certamente não é errado se um homem decidir não fazer isso. Jesus é o exemplo mais óbvio de alguém que não tomou esposa, e prova além de qualquer dúvida que o celibato pode ser uma escolha nobre. Numa ocasião, quando seus discípulos estavam para concluir que "é melhor não casar", Jesus explicou que o celibato não era para todos. Ele revelou (em Mateus 19:11-12) que há três tipos de homens que podem aceitar o estilo de vida não convencional do celibato.
Ele fala daqueles que nasceram eunucos. Ele está incluindo não somente aqueles que são incapazes de função sexual (por causa de um defeito de nascimento) mas também aqueles que não têm desejo de relações sexuais.
Ele também se refere àqueles que "são feitos eunucos pelos homens". Desde os tempos antigos, o homem tem sido capaz de tornar cirurgicamente um homem inadequado para o casamento.
Então, há aqueles que "se fizeram eunucos", uma frase que se oferece àqueles que, por força de vontade, escolheram uma vida de celibato.
O grande apóstolo Paulo nunca se casou, mas indicou que tinha direito de fazer isso (1 Coríntios 9:5). Isto sugeriria que ele caiu na terceira categoria mencionada no parágrafo precedente. Ele estava tão ocupado no trabalho do reino que não queria ser posto na posição de se preocupar em "como agradar sua esposa" (1 Coríntios 7:33). Ele não hesitava em recomendar sua escolha a outros, até mesmo expressando sua vontade de que "todos os homens" fossem como ele a respeito disto (1 Coríntios 7:7). Contudo, foi ele quem escreveu que era "por causa da impureza" que os homens tinham que casar (1 Coríntios 7:2), e advertia aqueles que não tinham sua força de vontade (que é a maioria da população masculina) que "é melhor casar do que viver abrasado" (1 Coríntios 7:9).