Os ataques às comunidades na região do Cinturão Médio da Nigéria continuam. Mulheres, idosos e adolescentes estão entre as vítimas de um dos últimos incidentes.
Em 17 de novembro, homens armados entraram em uma comunidade no estado de Benue, no centro-leste da Nigéria, e mataram pelo menos nove pessoas, incluindo idosos, mulheres e adolescentes.
“As pessoas estavam voltando da igreja e se preparando para almoçar quando os homens armados, invadiram a vila em motos “, disse uma fonte não identificada. “Eles atiraram aleatoriamente e mataram qualquer pessoa que passasse pelo caminho, incluindo idosos que não podiam correr, mulheres e crianças”.
A identidade dos pistoleiros ainda não foi divulgada, mas a fonte sugeriu que pode ser qualquer grupo extremista que luta pelo poder na região.
A violência vem aumentando no Cinturão Médio da Nigéria nos últimos anos. A maioria dos ataques pode ser atribuída aos pastores de cabras Fulani e ao grupo extremista islâmico Boko Haram, na região que divide o norte predominantemente muçulmano e os cristãos do sul.
Desde o início da insurgência do Boko Haram em 2009, pelo menos 35 mil pessoas foram mortas. E ataques dos Fulani a comunidades de agricultores predominantemente cristãos custaram a vida de pelo menos 3.500 pessoas entre janeiro de 2016 e outubro de 2018, de acordo com um relatório da Portas Abertas, organização internacional que apoia cristãos em todo mundo. Cerca de 57% dessas mortes ocorreram apenas em 2018, tornando a violência entre pastores e agricultores seis vezes mais mortal que a do Boko Haram naquele ano.
As forças armadas da Nigéria estão sobrecarregadas, pois combatem várias insurgências. O governo foi criticado por uma resposta inadequada que criou um vácuo que os grupos de milícias locais estão preenchendo, dificultando ainda mais aos cristãos, que é o grupo mais vulnerável no país.
Enquanto os grupos islâmicos atacam os cristãos por causa de sua fé, em outros casos eles são vítimas da luta entre milícias. O resultado, no entanto, é o mesmo. Pesquisas realizadas pela Portas Abertas em 2017 mostraram que cristãos exaustos no nordeste da Nigéria precisavam de ajuda urgente para reconstruir suas vidas e aldeias destruídas. Eles enfrentam muitos obstáculos, incluindo traumas, casas destruídas, falta de água, insegurança alimentar, falta de educação e problemas na vida da igreja. A Portas Abertas identificou dez aldeias que necessita de ajudar para se reerguer.
A Nigéria é 12° país na Lista Mundial da Perseguição 2019, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.
Você pode ajudar
Com os constantes ataques, a Nigéria se tornou um dos principais focos de ajuda da Portas Abertas.
Por meio de campanhas específicas a este país, a igreja brasileira, livre de perseguição religiosa, pode apoiar os trabalhos já realizados entre os cristãos nigerianos.
Acesse o links a seguir e saiba como participar: